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quinta-feira, 22 de junho de 2023

Submarino de expedição ao Titanic: médico explica chances de sobrevivência conforme oxigênio diminui

 A cada hora que passa desde domingo (18), quando o submarino Titan desapareceu no Atlântico, aumenta a tensão sobre a situação das cinco pessoas que estão a bordo.

A embarcação partiu com suprimento de oxigênio para cerca de 96 horas, e esse limite está cada vez mais próximo. John Mauger, da Guarda Costeira dos Estados Unidos, afirmou nesta quarta-feira (21), por volta de meio-dia no horário de Brasília, que o submarino teria cerca de 20 horas de oxigênio restantes.

Ou seja, haveria suprimento até aproximadamente 8h da manhã de quinta-feira.

Em entrevista à BBC News, o médico Ken Ledez, especialista em medicina hiperbárica de uma universidade em St John's, Newfoundland, no Canadá — ponto de onde o Titan saiu para visitar destroços do Titanic no fundo do mar —, afirmou que a sobrevivência após o oxigênio eventualmente acabar dependeria do metabolismo de cada pessoa

Caso fiquem muito ativas, pessoas nessa situação extrema podem acabar acelerando o metabolismo e aumentando a necessidade de oxigênio e a liberação de gás carbônico.

O médico explica ainda que a hipotermia (a baixa temperatura corporal) pode ajudar.

"Existe a possibilidade de que eles percam temperatura a ponto de perder a consciência e possam sobreviver a isso... O batimento cardíaco pode ficar muito lento quando está frio."

"Eles poderiam continuar [vivos] uma semana depois do limite? Duvido. Mas alguns podem sobreviver mais do que outros."

Embora a situação esteja cada vez mais crítica, conforme vem alertando a Guarda Costeira americana, alguns têm apontado que a contagem de horas de suprimento de oxigênio disponível não é tão rígida.


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